Além disso, Maragogipinho é um
vilarejo tranquilo e com muitos atrativos naturais. A região é caracterizada
por uma beleza bucólica com casas modestas e ruas calçadas com paralelepípedos. A comunidade situa-se a beira de um braço do rio
Maragogipinho (que significa rio de ondas
nome dado pelos Tupinambás). As olarias, a maioria com instalações rústicas,
não negam essa origem indígena. Muitas com paredes de bambu ou varas cobertas
de sapé estão localizadas em corredores de ruas estreitas.
Essas famílias de oleiros
(como as de Islan, Adilson e Zé) herdaram não só as técnicas, mas muitas vezes
as instalações, instrumentos e os modos de talhar as peças. São potes vazados,
bois, baianas, santos e uma grande variedade de outras peças que vão lotando as
prateleiras conforme a criatividade de cada mestre.
Lá existem também os santeiros e Rosalvo, se destaca como o principal ceramista
de arte sacra de Maragogipinho, sendo
o único santeiro experiente do local. Seu trabalho se destaca pela beleza e
perfeição dos detalhes na arte sacra barroca em cerâmica, ele não usa o torno
de oleiro, apenas as mãos como principal ferramenta. Suas peças mostram
detalhes de movimentos nos mantos com infinitas ondulações e pregas, criando um
efeito incrível, parece um tecido de barro, o que torna essas formas ainda mais belas. A expressão dos rostos de santos transpiram
igualmente beleza e serenidade.
Foi
pra mim uma alegria poder compartilhar a prosa, além de ver, apreciar e
fotografar essa arte, com certeza retornarei muito em breve!! Agradeço
especialmente a Adilson, Islan, Rosalvo e Zé representantes desse povo
hospitaleiro, que me acolheram de braços abertos e permitiram essas fotografias.
Mestre Rosalvo
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